Vem aí o fim!

Depois de todas as tensões e conflitos, as energias esgotam-se num desfecho. E se pudéssemos espreitar depois do fim, veríamos os protagonistas a viver o destino que esse fim lhes reservou

Calma, por favor, calma! Caro leitor, deixe-me tranquilizá-lo. Não precisa de ler à pressa para se colocar em fuga. Não vem aí nenhum asteroide acabar com a nossa terra. Nem vai cair a chaminé da fábrica da Chemina. Está tudo bem!

Saiba que este título não é nenhuma profecia apocalíptica. E tão-pouco se trata de pessimismo – disso estamos persuadidos. O fim da história é uma teoria que nos diz que o processo de evolução histórica atingirá um fim. E que este, longe de se tratar do fim do mundo, será o desejado triunfo sobre as discórdias que agitaram os últimos milénios – o triunfo dos valores dominantes do Ocidente. Portanto, até estamos do lado dos vencedores!

Como nos contos infantis, depois de todas as tensões e conflitos, as energias esgotam-se num desfecho: os bons ganham e acaba a história. E se pudéssemos espreitar depois do fim, veríamos os protagonistas a viver o destino que esse fim lhes reservou: ardendo no inferno ou felizes para sempre, conforme a virtude de cada um.

Pois bem, agora já ficou claro que Alenquer não vai acabar. Vai sim acabar a sua história, o que é completamente diferente. Passou o susto!

Por hoje, as palavras que me restam são para agradecer ao Nuno Cláudio, director do Fundamental, o convite para aqui colaborar regularmente. Ao acolher a opinião e o debate, inseparáveis da missão de informar, o jornal cumpre uma função essencial à vida democrática, na qual fico feliz de poder participar. Como tantos outros títulos por esse mundo fora, o Fundamental deu o passo para o online, mantendo vivos a sua marca e o seu estilo. Que tenha o maior sucesso nesta sua nova era são os meus votos. Alenquer só tem a ganhar com esta diversidade editorial.

Quanto ao fim da história, lá voltaremos em breve. Ela ainda mal começou de acabar!

VIAFrederico Rogeiro
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