Oligarquia é um termo que tem origem na palavra grega “oligarkhía” cujo significado literal é “governo de poucos” e que designa um sistema político no qual o poder está concentrado num pequeno grupo pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo económico, que controla as políticas sociais e económicas em benefício de interesses próprios. Já Democracia é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo. A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal. A Declaração de Princípios e o Programa do Partido Socialista foram aprovados em Agosto de 1973 e resultaram de diversas contribuições de militantes e simpatizantes do interior e do exterior de Portugal. Na Declaração de Princípios afirmava-se a defesa do socialismo em liberdade, ao mesmo tempo que se defendia como objectivo último uma sociedade sem classes. O atual Secretário Geral do Partido Socialista foi o primeiro a ser eleito por militantes e simpatizantes. Foi um salto qualitativo enorme na participação e democraticidade interna. Mas já em 1973 a Declaração de Principios e o Programa do Partido Socialista foram elaborados por militantes e simpatizantes. Não é nada de novo no Partido Socialista esta sua abertura a uma maior participação democrática, e ninguém (?) consegue ver o Partido Socialista com atitudes ou receios oligarcas.
Onde andam os antipiréticos? A febre apoderou-se de algumas cabeças, levando-os a avançar para uma situação de putativos candidatos a candidatos, fulanizando e despromovendo totalmente um cargo que a nivel local deve ser da maior importância, pois tem uma influência muito direta na vida das pessoas. Os cargos não valem pelos penachos, mas sim pela utilidade para a vida da comunidade. A demonstração desta atitude e alguns dos receios que a mesma descortinou, trouxe ao assunto um leve arejar oligarca… Posto isto, é obvio que o Partido Socialista de Azambuja não pode nem deve ir contra os seus estatutos, não pode nem deve travar ninguém que se disponibilize para a dificil e honrosa tarefa de ser autarca. Deve olhar para como foi elaborada a Declaração de Principios e o Programa do Partido Socialista, assim como foi feita a votação do atual Secretário Geral do Partido Socialista, e aprender… Um Partido tão importante na obtenção e manutenção da Democracia em Portugal tem de continuar a ser um espelho de si mesmo, sem se envergonhar do que vê ao espelho; tem de continuar a melhorar cada vez mais a Democracia e a dar exemplos disso, seja ao nível nacional, distrital ou local.
Todos devem poder ter o direito de se disponibilizar e serem votados para os diferentes cargos, tendo já tido responsabilidades autárquicas ou não. Os partidos não podem ser usados para usos e proveitos privados e particulares…e isto serve para todos os quadrantes políticos, pois neste mandato autárquico muitos têm levado em linha de conta os seus próprios interesses e os dos partidos, ao invés de decidir e trabalhar em prol do bem comum, em prol de quem os elegeu.
Em resumo: o Partido Socialista não tem nem pode ter donos. Nem os que estavam antes no poder, nem os que estão agora, nem os que vierem a estar. A Democracia e Transparência não podem NUNCA ser esquecidas. E se a idade é um estatuto que confere a sabedoria do caminho percorrido, essa sabedoria deve ser usada no que ela tem de ponderação, equilíbrio e bom senso, sem o que poderá ser confundida com algo em nada consonante com o que realmente interessa para o bem comum.
Onde estão os antipiréticos?
“É obvio que o Partido Socialista de Azambuja não pode nem deve ir contra os seus estatutos, não pode nem deve travar ninguém que se disponibilize para a dificil e honrosa tarefa de ser autarca”. - Opinião de António José Matos