Joaquim Ramos lança a desordem no PS de Azambuja

O ex-presidente da Câmara de Azambuja anda em pulgas para voltar a ser candidato à presidência. Luís de Sousa ficou em pânico e já pensa anunciar a sua intenção de ser recandidato, o que pode acontecer nos próximos dias. Silvino vai em segundo, para assumir a presidência quando Sousa se retirar logo após uma hipotética vitória.

Ai, que aí vem de novo o presidente...

A pouco menos de ano e meio das próximas eleições autárquicas a confusão já está semeada no Partido Socialista de Azambuja. O PS, que detém a governação do município desde 1985, é neste mandato um partido em minoria liderado por Luís de Sousa, com Silvino Lúcio e António Amaral a completar o trio de vereadores com responsabilidades governativas. Joaquim Ramos foi o último presidente a conseguir uma maioria absoluta, o que sucedeu com a sua liderança em três mandatos consecutivos, tendo o mais recente dos quais terminado da pior forma, com Ramos às portas da morte a poucos meses de terminar o quadrénio 2009-2013. Luís de Sousa assumiu a Câmara e em Outubro desse ano candidatava-se, mas o resultado final haveria de ser uma meia decepção para os socialistas, que perderam uma representação e a respectiva maioria absoluta no executivo. O desequilíbrio foi resolvido com a “compra” do vereador Herculano Valada, eleito pela CDU. Luís de Sousa tem vindo a ser quase unaninemente considerado um presidente de fracos recursos pessoais para o desempenho do cargo. Por outro lado, Joaquim Ramos tem vindo a recuperar paulatinamente do estado de saúde, que chegou a ser vegetativo aquando do internamento do ex-autarca, na primavera de 2013. Ramos fez saber recentemente que está disponível para ser candidato a presidente e disse mais: não aceita ser candidato a vice-presidente, muito menos a vereador. A notícia caiu que nem uma bomba de neutrões no estômago de Luís de Sousa, que já faz planos para anunciar muito em breve que é recandidato. Silvino Lúcio, que aspira a ser também ele candidato à presidência da Câmara de Azambuja, terá que se contentar de novo em secundar Sousa, mas a boa notícia para Silvino reside no facto de Luís de Sousa pretender abdicar pouco tempo após conseguir a eleição, podendo neste cenário deixar a presidência nas mãos do actual vice-presidente e antigo líder da Junta de Fregeuesia de Aveiras de Baixo. Entretanto, permanece a dúvida sobre as verdadeiras capacidades físicas de Joaquim Ramos, e sobretudo paira no ar alguma desconfiança sobre se o ex-presidente terá saúde que aguente as emoções de liderar um executivo. Recorde-se que Joaquim Ramos chegou a admitir terem sido as preocupações associadas à governação camarária as principais responsáveis pelo gravíssimo episódio que lhe ia retirando a vida. Refira-se igualmente que quer Joaquim Ramos quer Luís de Sousa já caminham a passos rápidos para os 70 anos.

FONTEA.T.
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