Alenquer: viabilidade do TODOS dependente do futuro… do PSD – eleição de 7 de dezembro será decisiva

O futuro do Movimento TODOS de Alenquer está dependente do que vier a acontecer tanto nas eleições internas do PSD local como no período temporal que se seguirá ao referido ato eleitoral. A entrevista concedida ao Fundamental Canal por Francisco Guerra foi totalmente esclarecedora sobre os propósitos do TODOS: um movimento que não fará sentido sem a parceria dos social democratas.

O futuro do movimento TODOS de Alenquer está dependente do que vier a acontecer tanto nas eleições internas do PSD local como no período temporal que se seguirá ao referido ato eleitoral. A entrevista concedida ao Fundamental Canal por Francisco Guerra foi totalmente esclarecedora sobre os propósitos do TODOS: um movimento que não fará sentido sem a parceria dos social democratas.

O presidente do movimento esteve no Fundamental Canal onde foi entrevistado por Nuno Cláudio e referiu: “Teremos de fazer um trabalho que possa merecer o apoio e a agregação dos partidos políticos que pretendemos no movimento, coisa que neste momento ainda não conseguimos porque não é suposto, ainda é prematuro, existimos há muito pouco tempo”. Francisco Guerra acrescentou: “O objetivo do TODOS é alcançar essa dimensão federadora; caso contrário, o movimento não cumprirá o seu objetivo”.

Guerra admitiu que o TODOS a votos nas autárquicas contra PSD, CDS, CHEGA e IL (e restantes forças políticas, mas sobretudo contra estes partidos situados à direita), e citamos o próprio presidente do movimento, “seria um contrasenso quanto ao próprio significado do termo TODOS. Mas estamos conscientes que essa agregação, para acontecer, depende de também nós fazermos o nosso próprio caminho e merecermos a credibilidade e a adesão de militantes das diversas forças políticas”.

Francisco Guerra acrescenta igualmente: “Nesse leque de partidos que referiu (PSD, CDS, CHEGA e IL) nem todos têm a mesma importância. O PSD tem uma importância fulcral, que tem a ver com a história e até com a minha ligação pessoal. Mal estaríamos se, com o propósito de mobilização do TODOS, falhássemos logo nesse objetivo com o principal partido”. O presidente do TODOS admitiu não ir a votos caso não tenha o apoio do PSD neste projeto. PSD que, recordamos, vai a votos para a concelhia no próximo dia 7 de dezembro.

Guerra afirmou estar convencido de que muita coisa pode acontecer entre o dia 7 de dezembro e o inicio da campanha eleitoral, que deverá ter lugar em setembro de 2025. “Vão aparecer mais candidatos, e vão desaparecer outros. E há gente que agora não está a posicionar-se mas que entretanto acabará por se posicionar. Num estado de direito esta dinâmica é o que torna a política interessante”, concluiu Francisco Guerra.

Tal como já foi referido nesta peça e anteriormente noticiado, a concelhia do PSD de Alenquer vai a votos a 7 de dezembro e Cristina Inácio já anunciou a sua recandidatura mas poderá ter a concorrência de Francisco Bento, um social democrata que é próximo do vereador Nuno Miguel Henriques. Estas eleições internas são consequência da queda a 25 de outubro da anterior Comissão Política então liderada por Cristina Inácio, que liderava esta estrutura política local desde setembro de 2023.

O processo de queda da concelhia foi consequência da confusão estabelecida em torno da candidatura de Pedro Afonso à presidência da Câmara de Alenquer. Cristina Inácio retirou o tapete a Afonso, contrariando a decisão já tomada e lavrada em ata pela própria Comissão Política Concelhia a que presidia. Pedro Afonso retirou a sua disponibilidade para ser candidato no seguimento desta inversão de Cristina Inácio.

Cristina Inácio ou Francisco Bento: um deles poderá vir a ser o futuro presidente do PSD de Alenquer após 7 de dezembro. Caso seja a anterior líder a regressar ao “poder” social democrata, tudo aponta para que o PSD de Alenquer queira ir a votos com o TODOS numa candidatura protagonizada por Francisco Guerra. Neste cenário restará saber se a estrutura Distrital do Oeste dos social democratas concordará com o “projeto”, tendo até em conta o histórico recente da confusão estabelecida em torno da potencial candidatura de Afonso.

Já no que diz respeito a Francisco Bento, não haverão grandes dúvidas de que esta potencial liderança do PSD de Alenquer avançará para o apoio à recandidatura de Nuno Miguel Henriques, vereador eleito em 2021 e que já afirmou publicamente – até mais do que uma vez – que o seu “projeto” para Alenquer se estende a oito anos. Por conseguinte, se o PSD apresentar uma candidatura própria indicada pela sua estrutura concelhia, e de acordo com as afirmações de Francisco Guerra, esse poderá ser o fim do propósito do TODOS. Parece que o futuro do movimento recentemente fundado está nas mãos… do PSD de Alenquer.

VIAAlexandre Silva
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