Todas as queixas apresentadas por Nuno Miguel Henriques contra o executivo maioritário que governa a Câmara de Alenquer foram consideradas sem provimento e arquivadas tanto pelo Ministério Público como pelo Tribunal de Contas. No total foram quatro as queixas apresentadas ao Ministério Público e mais três ao Tribunal de Contas, que ambos os organismos consideraram sem fundamento para deduzir qualquer acusação.
A informação do desfecho destes sete processos foi partilhada por Pedro Folgado no decurso da última reunião do executivo municipal realizada na manhã de segunda-feira, dia 4 de novembro. O despacho do Tribunal de Contas no âmbito das três queixas apresentadas pelo vereador eleito pelo PSD refere que “as batalhas políticas devem acontecer fora das secretarias e dos tribunais”, naquele que aparenta ser um puxão de orelhas a Nuno Miguel Henriques, que já neste mandato viu na apresentação compulsiva destas queixas uma via para materializar a sua ação opositora no executivo camarário de Alenquer.
Recordamos que Nuno Miguel Henriques foi candidato pelo PSD à presidência da Câmara de Alenquer em 2021, uma solução “externa” encontrada por Duarte Pacheco, na altura líder da Distrital do Oeste, para que o partido fundado por Sá Carneiro fosse a votos em terra de Damião de Goes tendo em conta a profunda desorganização do PSD local em 2021. Nuno Miguel Henriques viria a obter a pior votação de sempre do PSD em Alenquer.
Já o cenário de desorganização e de ausência de uma estrutura local do partido repete-se por esta altura e potencialmente poderá levar de novo a distrital dos social democratas a ter de intervir em Alenquer, o que motivou Nuno Henriques a vir a terreiro afirmar a sua disponibilidade para ser recandidato pelo PSD em 2025, falando mesmo num “projeto a 8 anos”. Resta saber se a estrutura distrital e o restante partido estarão alinhados com esta pretensão de Henriques.