O PSD de Alenquer regressou definitivamente aos bons velhos tempos. A Comissão Política Concelhia liderada por Cristina Inácio “caiu” na passada sexta-feira e o partido está de novo “de portas fechadas” em terras de Damião de Gois. Neste momento resta a Mesa da Assembleia que também está presa por um fio. O cenário mais provável é o de eleições internas nos próximos tempos… se houver candidatos a “pegar” no PSD local.
Cristina Inácio acabaria por não conseguir manter-se à frente dos social democratas de Alenquer depois da confusão extrema causada pela questão do candidato à presidência da câmara. Pedro Afonso já tinha sido escolhido internamente, num processo que ficou provado ter acontecido, mas a líder do PSD resolveu confundir e baralhar o que à partida parecia resolvido e bem arrumado.
Perante as incertezas e hesitações da presidente da concelhia, Pedro Afonso não esteve para descer tão abaixo do permitido pela honra e pelo seu bom nome e resolveu abandonar a intensão e disponibilidade para ir a votos em outubro de 2025. Os social democratas de Alenquer revoltaram-se com Cristina Inácio, que entretanto ficara “caída em tentação” pelo Movimento TODOS, ao qual parecia querer dar prioridade no tocante à candidatura à Câmara em detrimento do seu próprio PSD.
No seguimento dessa revolta, a Comissão Política Concelhia acabaria por cair na passada sexta-feira, depois de mais de metade dos elementos que compõem a mesma terem apresentado demissão. Com Cristina Inácio ficou um número reduzido de elementos, insuficiente para a manutenção do órgão. Este era um desfecho esperado, depois de tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Cristina Inácio herdou em 2023 um PSD organizado e preparado para as autárquicas de 2025. Em pouco mais de um ano conduziu o partido ao abismo a nível local.
Caberá agora à Mesa da Assembleia marcar novas eleições, ainda que este órgão do PSD de Alenquer apenas tenha duas pessoas na sua composição: o presidente Eurico Borlido e José Alexandre. Ambos bastam para agendar o novo ato eleitoral interno. Se algum dos dois apresentar demissão, então a Mesa também cairá e nesse cenário caberá ao Presidente da Distrital do Oeste agendar ato eleitoral para Alenquer.
Ou seja, o PSD de Alenquer está de novo como há 4 anos, sem rumo ou organização interna, quando então o na altura presidente da Distrital do Oeste e experiente Duarte Pacheco se viu obrigado a indicar Nuno Miguel Henriques como candidato pelo partido às eleições autárquicas de 2021. Aquelas eleições que Pedro Folgado haveria de ganhar com a maioria absoluta mais expressiva desde 1974. E que o candidato do PSD haveria de lograr obter a pior votação de sempre em quase 50 anos de eleições livres. Neste particular… reviver o passado em Alenquer?