Azambuja: PSD e CHEGA votam contra empréstimo destinado a alcatroar estradas do concelho

O PSD e o partido CHEGA votaram contra a realização de um empréstimo bancário de mais de 4 milhões de euros destinados a alcatroar as tão necessitadas estradas do Concelho de Azambuja. O mesmo acabaria por ser aprovado com os votos favoráveis da maioria socialista e da vereadora eleita pela CDU no executivo de Azambuja.

O PSD e o partido CHEGA votaram contra a realização de um empréstimo bancário de mais de 4 milhões de euros destinados a alcatroar as tão necessitadas estradas do Concelho de Azambuja. A reunião extraordinária do executivo municipal decorreu esta manhã de sexta-feira (25 de outubro) e a votação da contração deste empréstimo foi o único ponto da ordem de trabalhos. O mesmo acabaria por ser aprovado com os votos favoráveis da maioria socialista e da vereadora eleita pela CDU no executivo de Azambuja.

O assunto já tinha ido anteriormente a reunião de câmara mas acabaria por ser retirado após o Tribunal de Contas ter levantado algumas questões de natureza legal. De acordo com explicação do Presidente Silvino Lúcio, as mesmas questões acabariam por ser ultrapassadas com a colaboração dos departamentos jurídicos quer da autarquia quer da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, instituição financeira com a qual a edilidade irá contrair o empréstimo.

PSD e CHEGA afirmam concordar com os alcatroamentos, mas discordam da realização do empréstimo que permitirá os arranjos nas estradas. Rui Corça afirma a este respeito: “A perceção que temos é que as alterações introduzidas no contrato funcionam a favor da autarquia, mas tal é insuficiente para alterarmos a nossa posição em relação a este contrato”. E a posição do PSD é a de votar contra o empréstimo, que de acordo com a maioria que governa a autarquia se afigura como a única forma de conseguir concretizar os alcatroamentos nas estradas do concelho.

Corça refere mesmo: “Não estamos de forma nenhuma contra os alcatroamentos; estamos é contra a forma de resolver o problema recorrendo a um empréstimo”. O vereador afirmou que haviam outras formas da autarquia obter a verba necessária, mas não especificou nenhuma, pelo que os munícipes ficaram sem saber como é que o PSD conjugaria a necessidade de alcatroar estradas sem dinheiro para realizar tais obras.

Já António José Matos foi cáustico em relação a esta aparente incongruência do PSD liderado por Rui Corça. “Os senhores têm esse dom, o da complexidade fantástica de conseguirem estar ao mesmo tempo contra e a favor da mesma coisa”, referiu o vice-presidente, acrescentando: “Hoje constatámos que por vontade do PSD e do CHEGA as estradas do Concelho de Azambuja não seriam alcatroadas nem requalificadas”.

Por sua vez, com total tranquilidade e segurança na condução da reunião, o apaziguador Silvino Lúcio afirmou, e citamos, “que este é um caminho, uma solução, que o município já tem adotado em relação a outros aspetos da municipalidade, para além de haver um conjunto de outros municípios que recorrem frequentemente a esta figura do empréstimo bancário para fazer face a este tipo de investimento”. Já a vereadora do CHEGA abandonou a reunião aos berros, fazendo com que momentaneamente o salão nobre se assemelhasse às nobres bancadas da venda de peixe no mercado municipal.

VIAAlexandre Silva
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