Azambuja: aluno de 12 anos com colete à prova de bala esfaqueia 6 colegas na Escola Básica

Um aluno de 12 anos esfaqueou seis colegas na Escola Básica da Azambuja, deixando uma das vítimas em estado de perigo com ferimentos considerados graves no tórax. O incidente teve lugar no inicio da tarde desta terça-feira e ocorreu no interior do estabelecimento de ensino.

Um aluno de 12 anos esfaqueou seis colegas na Escola Básica da Azambuja, deixando uma das vítimas em estado de perigo com ferimentos considerados graves no tórax. O incidente teve lugar no início da tarde desta terça-feira e ocorreu no interior do estabelecimento de ensino. De acordo com fontes que presenciaram o ataque, o autor levou uma faca do refeitório para esfaquear os colegas, todos menores, sobretudo meninas.
A GNR de Azambuja confirma que foi chamada à Escola Básica da Azambuja pelas 14h30 onde encontrou seis menores, sobretudo meninas, todos feridos por uma criança de 12 anos que, de acordo com fontes no local, envergava um colete à prova de bala, ainda que este facto não seja, para já, alvo de confirmação por parte das autoridades. O jovem incorre num crime de homicídio na forma tentada. O INEM foi chamado ao local às 14h34 e encontrou cinco crianças feridas, uma em estado grave e quatro com ferimentos ligeiros.A vítima em estado grave é uma aluna de 12 anos que foi transportada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Já os feridos ligeiros foram encaminhados para o Hospital de Vila Franca de Xira. O INEM deslocou para o local uma viatura de emergência médica, três ambulâncias do corpo de bombeiros da Azambuja e uma unidade móvel de intervenção psicológica em emergência para prestar apoio.O jovem autor do ataque é filho de uma professora e de acordo com testemunhos de colegas sofria de bulling “devido ao aspeto” do próprio, e citámos uma jovem amiga do agressor. A Polícia Judiciária está no local e tomou conta desta lamentável ocorrência, que levou o pânico à Escola Básica de Azambuja. Muitos dos alunos tiveram de se fechar nas salas de aula movidos pelo receio de serem alvos do ataque deste jovem.

Os pais dos jovens agredidos e atacados estão no local, mostram indignação e exigem que o agressor de 12 anos seja devidamente punido e castigado. Fonte do Fundamental afirma estar em choque completo e garante que este jovem pertence a uma família “completamente estruturada”, o que torna a reação agressiva do miúdo um mistério ainda mais difícil de explicar.

Câmara de Azambuja garante apoio psicológico às famílias das vítimas

A Câmara de Azambuja reagiu nos últimos minutos a este triste acontecimento, emitindo o seguinte comunicado: “Pelas 13h34, do dia 17 de setembro de 2024, foi dado o alerta para uma ocorrência de agressão na Escola Básica de Azambuja. Trata-se de um estudante de 12 anos, do sexo masculino, que através da utilização de uma arma branca, feriu aleatoriamente seis alunos com idades entre os 11 e os 14 anos.

Desta ocorrência resultaram cinco feridos ligeiros que foram encaminhados para o Hospital de Vila Franca de Xira, e um ferido grave, que foi transportado para o Hospital de Santa Maria. Perante a ocorrência, foi dada resposta imediata por parte dos Bombeiros de Azambuja, Bombeiros de Alcoentre, GNR, Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, Serviço Municipal de Proteção Civil, VMER de Vila Franca de Xira, e a Polícia Judiciária.

No local estiveram presentes as equipas do Município de Azambuja e do INEM a prestar apoio psicológico, a vários adultos e crianças. A Escola Básica de Azambuja é frequentada por 450 alunos, até ao sétimo ano. A escola irá retomar a sua atividade amanhã, dentro da normalidade possível. É importante referir que irá continuar a ser prestado o acompanhamento psicológico necessário”.

Marcelo Rebelo de Sousa repudia ataque na Escola de Azambuja

Numa nota publicada no site da Presidência, Marcelo refere que “lamenta e repudia o incidente”, acrescentando que “nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência”, e citámos o Presidente da República.

“A Família, como a Escola, a Comunidade local e outras instituições essenciais para a nossa vida comum não podem ser dominadas pela violência, pela agressão, pela violação dos direitos das pessoas, de todas as pessoas, nem qualquer violação destes pode justificar a violência. E tudo devemos fazer para que comportamentos como o vivido hoje, envolvendo a agressão física a colegas, professor e outro trabalhador da escola, se não repitam”, lê-se ainda na nota.

O Presidente da República insta ainda a que a situação seja “devidamente apurada”, referindo que esta “merece não só a condenação, como a reflexão sobre a necessidade de educar para a paz, a concordia, a tolerância e a civilidade”.

VIAAlexandre Silva
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