É um problema recorrente, de acordo com os muitos utentes que se vão queixando ao Fundamental: a camioneta das 6H45 da manhã não é suficiente para a procura de pessoas que se dirigem para o trabalho ou escolas na região de Lisboa. Alguns ficam inevitavelmente apeados e acabam mesmo por não conseguir chegar ao destino às horas desejadas.
O autocarro em questão sai de Alenquer quando faltam 15 minutos para as 7 da manhã e faz escala no Carregado, a exemplo do que acontece nas paragens situadas entre esta vila e a sede de concelho. De acordo com alguns dos utentes, que testemunham este facto diariamente, a partir da Castanheira do Ribatejo são vários os passageiros que diariamente ficam para trás por já não terem lugar neste autocarro.
Na passada terça-feira voltou a acontecer: a falta de lugares na carreira para Lisboa fez-se sentir, registando-se 9 pessoas apeadas na Castanheira do Ribatejo. Mais cerca de 9 pessoas voltaram a ficar em terra no final de Povos. “Este horário é o de quem entra ao serviço às 8 da manhã e não tem alternativas salvo sair muito mais cedo”, revela um dos utentes insatisfeitos com esta situação. No entender da mesma fonte, era previsível de suceder este cenário de insuficiência de lugares nesta carreira de transporte público com o início das aulas de faculdade. “Sucedeu antes, voltou agora, e vai repetir-se sempre até haver desdobramento, mais horário, ou alternativa à Boa Viagem”, refere.
Recordemos os nossos leitores que o Fundamental já tinha noticiado esta situação a 15 de novembro do ano passado. Na altura a empresa Boa Viagem esclareceu ter serviço de autocarros garantido a cada 17 minutos: “A nossa empresa está empenhada em servir o cliente com a qualidade indispensável e de acordo com as suas expectativas, sendo muito importante a análise de problemas e sugestões, visando melhorar a qualidade da prestação do serviço”, assegurou um responsável da Boa Viagem.
Relembramos ainda alguns dos testemunhos que recolhemos na altura e que apontavam igualmente para alguma insatisfação a outros níveis: “Nota-se degradação em alguns autocarros desde assentos que não seguram as costas, ar condicionados que pingam, e até já sucedeu no corredor cair uma das tampas ao ser pisada por um passageiro, caindo o mesmo dentro do autocarro”, asseguraram os utentes.
