É uma consequência inevitável dos momentos difíceis como o que vivemos: já começam a surgir relatos de pessoas que foram alvo de tentativas de burla e extorsão na região. Em Azambuja temos conhecimento de cidadãos que foram burlados via telemóvel. E nas ruas já andam aldrabões que se identificam como técnicos que fazem rastreio do Covid-19. De seguida assaltam as pessoas.
Um jovem de Azambuja foi burlado via telemóvel e ficou sem dinheiro na conta. Uma aplicação oferecia dados actualizados sobre a pandemia e a nossa testemunha ficou interessada no aplicativo e fez o respectivo download. Logo a seguir ficou sem o dinheiro que tinha na conta. Depois de contactar o seu banco foi informado de que já existem muitas queixas nesse sentido, e mandaram-no cancelar o cartão bancário.
Ainda em Azambuja temos conhecimento de burlões que andam na rua argumentando que estão a fazer rastreio do Covid-19. O objectivo é conseguir que lhes sejam abertas as portas das casas de habitação. Uma vez conseguido este propósito, burlam e roubam as pessoas.
A própria empresa NOS já sentiu necessidade de efectuar um desmentido, confirmando que não tem agentes comerciais ou técnicos na rua nesta altura. Muitos dos burlões que já atacam na região identificam-se como funcionários desta operadora. O objectivo é o mesmo: roubar e burlar cidadãos, sobretudo nos escalões etários mais avançados.
De resto, as tentativas de burla ligadas ao novo coronavírus, seja a nível pessoal seja através da internet, estão a preocupar as autoridades. A Polícia Judiciária avisa para o cuidado que os portugueses devem ter na recepção e na partilha de conteúdos digitais associados à pandemia da Covid-19.
Já a Polícia de Segurança Pública (PSP) pediu à população que denuncie eventuais situações de burla relacionadas com o surto. O alerta chega depois de um caso de dois indivíduos que terão tentado vender um medicamento contra o coronavírus a um idoso, na zona da Freguesia de Santo António, em Lisboa.
