Tudo aponta para que a já tristemente afamada lixeira de Azambuja vá continuar em actividade e a expandir a abrangência dos terrenos ocupados. O município de Azambuja está obrigado a autorizar, no prazo de dez dias, que esta actividade de acumulação de resíduos ocupe agora uma nova parcela de terreno dentro do perímetro do aterro.
A obrigação foi decretada pela justiça no seguimento de um recurso apresentado pela empresa Triaza, a entidade que explora o contestado aterro. Recorde-se que a autarquia liderada por Luís de Sousa tinha sido alvo de um processo por parte desta empresa, mas a Câmara de Azambuja acabou por lhe ver reconhecida razão no tribunal de primeira instância. Na altura, a Triaza ficou condicionada na sua actividade.
No recurso interposto pela Triaza a justiça acabou por dar razão à “lixeira”. A câmara está obrigada a autorizar uma segunda parcela de terreno que vai acabar por receber mais resíduos. Luís de Sousa informou que tem 10 dias para autorizar esse procedimento sob pena de a autarquia ser intimada a pagar uma indemnização de mais de 30 mil euros à Triaza.
A situação foi debatida na reunião do executivo camarário que teve lugar nesta última terça-feira. Ainda de acordo com o presidente Luís de Sousa, há a intenção de levar a cabo uma reunião de emergência com a Secretária de Estado do Ambiente. Tal reunião deverá ter lugar muito em breve.
Entretanto, no aterro da empresa Triaza contam-se dezenas de aves a remexer no lixo e há ainda a suspeita de que existe amianto no local. Todo o lixo e material que se encontra no aterro apresenta-se já em estado de decomposição e liberta substâncias prejudiciais para a saúde pública. Os animais que andam em cima do lixo configuram também um problema acrescido de saúde pública, já que povoam zonas urbanas e nelas depositam vestígios do aterro.