
Os trabalhos da empreitada de valorização da Vala Real junto ao Palácio em Azambuja vão custar 210 mil euros. A intervenção tem por base um protocolo de colaboração estabelecido entre o Município de Azambuja e a Agência Portuguesa do Ambiente e a obra visa a reabilitação e valorização ecológica do troço que acompanha a Vala Real desde a ponte junto à foz da Vala do Esteiro até à zona envolvente ao Palácio da Rainha.
De acordo com fonte da autarquia os trabalhos em curso consistem no corte seletivo e poda de formação em árvores e arbustos, no controlo de espécies invasoras como as canas e também na contenção de silvados. Com vista à estabilização e proteção de taludes e das margens fluviais estão também a ser utilizadas soluções técnicas de engenharia natural como o enrocamento e o entrançado vivos e as faxinas vivas para uma proteção contra a erosão. O processo contempla igualmente a plantação de árvores e arbustos autóctones promovendo uma renaturalização das margens.

A mesma fonte acrescenta que esta intervenção de limpeza, manutenção e reforço do coberto vegetal adequado ao ecossistema local tem como objetivos assegurar a estabilidade das margens, evitar formação de zonas de acumulação de detritos flutuantes e também melhorar as funções ecológicas e estéticas da vegetação, para além de proporcionar a criação de um habitat ribeirinho acolhedor para várias espécies.
A autarquia de Azambuja assegura que a empreitada pretende que todo o troço reabilitado de margem da Vala Real, desde a ponte rodoviária até ao palácio, constitua um trilho para utilização pedonal dos amantes das caminhadas em contacto com a natureza. “Na área mais próxima ao Palácio das Obras Novas está já a ser preparada a instalação de vários pesqueiros e uma zona de estadia com mesas e bancos, churrasqueira, papeleiras e painéis informativos para que a população possa usufruir deste belo espaço natural“, afirma António José Matos, vereador e agora vice-presidente da Câmara de Azambuja.
De referir que a obra está a cargo de duas empresas especializadas nestas intervenções e que foram responsáveis pela recente reabilitação e valorização do Ribeiro de Aveiras. A autoria do projeto é da empresa E.Rios, enquanto a execução dos trabalhos cabe à empresa Floponor. A obra é financiada a cem por cento pela Agência Portuguesa do Ambiente e ao abrigo do respetivo protocolo a sua posterior manutenção ficará a cargo do Município de Azambuja.