Azambuja: infectados do Beco Madre Teresa apanhados pela GNR a desrespeitar quarentena

Agentes da Guarda Nacional Republicana de Azambuja terão apanhado alguns dos 19 moradores do Beco Madre Teresa de Calcutá que testaram positivo pela Covid-19 a violarem a quarentena obrigatória. De acordo com o Jornal Correio da Manhã, “vários adultos foram vistos a conduzir viaturas numa via de acesso à Autoestrada do Norte“.

Ainda de acordo com a mesma fonte, e citamos, “há igualmente o registo de crianças, que apesar de não estarem infectadas, também estão obrigadas a confinamento por partilharem domicílios com doentes, e que foram apanhadas a saírem à rua para irem às compras“.

O Fundamental falou já esta manhã com alguns moradores de prédios contíguos ao Bloco 6, onde residem estas famílias. “Essa situação não nos surpreende porque vivemos isso todos os dias e a todas as horas“, relata-nos uma testemunha, que acrescenta: “Se aqui vieres agora vais vê-los na rua, nos carros ou sentados nas escadarias de alguns dos prédios onde nem vivem, e os restantes moradores não podem dizer nada pois são ofendidos e ameaçados de tudo e mais alguma coisa“.

Refira-se que em casos similares as forças de segurança podem notificar os visados na primeira infracção ao confinamento e participar o caso ao Ministério Público. Só na segunda infracção detectada em flagrante pode acontecer detenção por crime de desobediência. O problema neste caso em concreto é que, e de acordo com testemunhos que recolhemos quase diariamente, as infracções são constantes e a um ritmo praticamente diário.

Relembramos que Inês Louro também abordou recentemente a questão do Bairro Quinta da Mina em entrevista ao Fundamental. A Presidente da Junta de Freguesia de Azambuja defende mesmo que os problemas de inclusão só poderão ser enfrentados e resolvidos com uma “política de braço forte”. Recorde-se que os funcionários da Junta de Freguesia deixaram há meses de efectuar a limpeza no Beco Madre Teresa de Calcutá porque foram várias vezes atacados e agredidos por moradores que lhes arremessaram objectos.

Nesta entrevista Inês Louro manifestou ainda o seu apoio total a Luís de Sousa no tocante ao diferendo que opôs o Presidente da Câmara ao Primeiro Ministro e à própria Juventude Socialista. Refira-se que Luís de Sousa abordou este problema concreto que vivem os moradores do Bairro da Quinta da Mina na perspectiva de quem conhece bem os acontecimentos.

As palavras do autarca foram descontextualizadas e interpretadas de forma abusiva, o que abriu uma “frente de batalha política” entre Sousa, o próprio Primeiro Ministro e ainda a estrutura política nacional Juventude Socialista, com os autarcas e a comunidade local a ficarem incondicionalmente ao lado do Presidente da Câmara de Azambuja, que foi acusado de adoptar um comportamento racista e xenófobo.


Inês é recandidata à Junta de Azambuja e defende inclusão com “braço forte” no Bairro da Mina

Inês Louro anunciou a sua disponibilidade total para ser recandidata à Presidência da Junta de Freguesia de Azambuja e afirmou ainda que os problemas de inclusão do Beco Madre Teresa de Calcutá na Quinta da Mina só poderão ser resolvidos com uma “política de braço forte”. Entrevista para recordar já de seguida.

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