Azambuja em rescaldo da Feira: milhares de visitantes, largadas e colhidas… e para o ano há mais!

Chegou ao fim a Feira de Maio em Azambuja. Milhares e milhares de visitantes, largadas de toiros nas ruas e algumas colhidas aparatosas cujas imagens inundaram as redes sociais e mostraram como tanto é sinal de inconsciência beber e a seguir conduzir como beber e a seguir... colocar-se à disposição do toiro. Para o ano há mais.

É sempre um dia nostálgico aquele que assinala o fim de cada edição da Centenária Feira de Maio de Azambuja. E esta última segunda-feira não foi excepção ao sentimento de saudade que invade os azambujenses que amam o seu certame. Uma vez mais, a vila viveu os 5 dias mais intensos do seu calendário anual com a realização desta que é considerada a feira mais castiça do Ribatejo!

Nesta edição de 2024 houve de tudo: milhares e milhares de visitantes, largadas de toiros nas ruas e algumas colhidas aparatosas, cujas imagens inundaram as redes sociais e mostraram como tanto é sinal de inconsciência beber e a seguir conduzir como beber e a seguir… colocar-se à disposição do toiro. Com algumas alterações a nível dos espaços, a programação manteve os ingredientes habituais e garantiu o sucesso do maior evento sociocultural do concelho de Azambuja.

Com efeito, as cinco entradas e largadas de toiros – uma em cada dia da feira – voltaram a atrair muitos aficionados e curiosos que encheram as tronqueiras ao longo das ruas do coração da vila. A maior parte apreciou a imponência e bravura dos toiros; alguns – felizmente poucos tendo em conta os muitos milhares de visitantes – mostraram demasiada coragem na arriscada arte de ‘brincar’ com estes imponentes animais. Os Bombeiros Voluntários foram chamados a fazer trabalho extraordinário: da largada da passada sexta-feira resultaram nove feridos, sete ligeiros e dois em estado grave.

Além do toiro bravo, a figura do Campino voltou a ser um símbolo maior deste certame e na tarde de sábado campinos e amadores brindaram o público presente com a sua arte de montar em provas de perícia e de condução de jogos de cabrestos. Depois, na manhã de domingo, a Praça do Município vestiu-se de gala para a tradicional cerimónia de Homenagem ao Campino, este ano personificada na figura de Francisco Manuel Silva (conhecido como “Xico das Várzeas”) por toda uma vida dedicada à campinagem e pela longa participação nas feiras de Azambuja.

Ao nível da animação musical foram vários os momentos a destacar com o Jardim Urbano Dr. Joaquim Ramos como palco a registar duas enchentes: na quinta-feira ao som de Los Romeros e no sábado com o cantor Richie Campbel. A já tradicional “Festa dos Anos 80”, iniciativa solidária da tertúlia CCM (a favor dos Bombeiros Voluntários de Azambuja) habitualmente realizada no Largo de Palmela foi transferida este ano para a Praça do Município. “Resultou num estrondoso sucesso”, afirma fonte da autarquia.

Destaque ainda nesta Feira de Maio para a Praça das Freguesias, espaço onde a gastronomia mais caraterística do território do concelho foi servida diariamente e em cada serão foi exibido em palco o melhor da música, do folclore e de algumas modalidades desportivas que se praticam nas referidas freguesias. Este ano instalada no Páteo do Valverde, a Praça das Freguesias acolheu igualmente um espaço de artesanato.

Na última segunda-feira, derradeiro dia da festa, a manhã foi dedicada às crianças e foram mais de um milhar das escolas do 1º ciclo de todo o concelho que encheram as ruas da vila. Silvino Lúcio fez o balanço da feira e foram entregues os diplomas às cerca de 80 tertúlias participantes. Depois voltaram a entrar os toiros nas ruas, o que sucedeu este ano pela última vez, e a festa terminou com uma sessão de fogo de artifício, à meia-noite de 27 de maio, momento que marcou o encerramento desta edição.


“Alma do Vinho com menos 1 dia não faria mal nenhum e pouparia algum dinheiro” (Pedro Afonso)

Pedro Afonso em entrevista ao Fundamental Canal comenta o acordo entre autarquia e Águas de Alenquer que não foi votado em assembleia municipal. O ex-autarca do PSD defende um investimento na rede e considera que a autarquia poderia poupar nos eventos como forma de criar um fundo para tal fim.

COMPARTILHAR