Chef Tanka Sapkota descobre em Alenquer primeira trufa comestível de Portugal

O conhecido Chef Tanka Sapkota descobriu no Concelho de Alenquer aquela que poderá ser a primeira trufa comestível identificada em Portugal. O achado foi identificado na Freguesia da Carnota. Tanka Sapkota e Pedro Folgado visitam o local nesta manhã de terça-feira.

O conhecido Chef Tanka Sapkota descobriu no Concelho de Alenquer aquela que poderá ser a primeira trufa comestível identificada em Portugal. O achado foi identificado na Freguesia da Carnota e a trufa em questão poderá valer mais do que mil euros o quilo. Tanka Sapkota e Pedro Folgado visitam o local nesta manhã de terça-feira.

A “caça à trufa de Alenquer” vai decorrer a partir das 10 horas em terras da Freguesia de Santana da Carnota em local ainda por revelar. O acontecimento justifica as presenças, para além do conhecido Chef, de Pedro Folgado e de Tiago Pedro, presidente e vice-presidente da autarquia alenquerense, e ainda de investigadores da Universidade de Évora e do Instituto Superior de Agronomia. A descoberta poderá potenciar Alenquer como terra de origem de uma iguaria rara e inacessível às bolsas mais comuns.

Tanka Sapkota é conhecido pela sua apetência para “caçar” estas iguarias. É previsível que esta manhã de terça-feira transforme Alenquer no centro de todas as atenções e a comitiva que o vai acompanhar nesta busca poderá testemunhar uma descoberta que tem potencial para ser uma bênção para o futuro: é na Carnota que o chef espera confirmar que encontrou uma espécie rara de trufas, a primeira comestível encontrada em território nacional.

De realçar que desde o início deste ano o conhecido cozinheiro nepalês – proprietário das pizarias Come Prima e Forno d”Oro, além dos restaurante Il Mercato e casa Nepalesa – anda pelo país à procura de trufas raras, um cogumelo hipógeo, ou subterrâneo, que germina naturalmente junto às raízes de azinheiras, carvalhos e choupos em terrenos com altos índices de calcário e silicatos e em zonas de pedra mãe. Santana da Carnota parece ter presenteado o Concelho de Alenquer.

Tanka Sapkota é o nepalês mais conhecido em Portugal. Nasceu há 50 anos numa família de casta alta e quando atingiu a maioridade fugiu de um casamento e deixou para trás o curso de Direito. Aterrou na Alemanha onde lavou pratos e panelas e foi em Estugarda no restaurante Villa Rustica que o futuro Chef aprendeu os segredos da gastronomia italiana. Alguns anos mais tarde viria a ser um dos melhores alunos da conceituada escola Gambero Rosso, em Roma.

Em 1996 Tanka Sapkota veio de férias a Portugal e ao fim de 3 anos em Lisboa abriu o “Come Prima”, dos melhores restaurantes italianos da capital, com reconhecimento nacional e internacional. A “Casa Nepalesa”, o “Forno de Ouro” e o “Il mercato” são os outros restaurantes com assinatura de Tanka Sapkota. Recordamos que em 2016 foi considerado o melhor jovem empresário e empreendedor pela Associação de Hotelaria de Portugal.

Já a trufa ou túbera é a denominação popular dada aos corpos frutíferos subterrâneos das espécies de Tuber, um género de fungos da família Tuberaceae. Algumas das espécies têm sabor e aroma agradáveis, sendo consumidas pelo ser humano há mais de três mil anos. Os tipos mais conhecidos são a trufa branca (Tuber magnatum), a trufa negra (Tuber melanosporum) e a trufa de verão (Tuber aestivum).

Acrescentamos que as trufas são consideradas uma das iguarias mais caras da culinária mundial cujo preço, geralmente, ronda os mil euros por quilo. Para encontrar as trufas é necessário o auxílio de cães especialmente treinados que conseguem identificar a localização exata aonde se encontra o fungo. A trufa branca é um dos alimentos mais caros do planeta e em Itália as trufas brancas frescas podem chegam a custar 4.500 euros por quilo.

VIANuno Cláudio
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