Pedro Folgado pretende resolver acordo com Águas de Alenquer até à Assembleia Municipal de junho

Folgado estabeleceu uma meta temporal para que seja resolvido o acordo entre Câmara e ÁdA no âmbito do pedido de reequilíbrio financeiro da concessionária. O presidente quer levar o documento à próxima reunião do executivo de 3 de junho, e no mesmo mês "arrumar" o assunto em sede de Assembleia Municipal.

Pedro Folgado estabeleceu uma meta temporal para que seja votado e eventualmente aprovado o acordo entre Câmara e Águas de Alenquer no âmbito do pedido de reequilíbrio financeiro feito pela concessionária. O presidente da autarquia quer levar o documento à próxima reunião do executivo agendada para dia 3 de junho, e ainda no mesmo mês “arrumar” o assunto em sede de Assembleia Municipal.

Folgado revelou este objetivo temporal no decorrer da entrevista exclusiva que concedeu ao Fundamental Canal na passada quinta-feira. “Quero ver se levamos o acordo à próxima reunião de câmara e depois à assembleia municipal de junho”, afirmou o edil na entrevista. Recordamos que o mesmo acordo foi apresentado, votado e aprovado pelo executivo por si liderado a 11 de abril, mas posteriormente a bancada socialista na AM recusou votar o documento, considerando que o mesmo poderá ser melhorado no que à defesa dos interesses dos consumidores alenquerenses diz respeito.

A este propósito, Pedro Folgado não deixa dúvidas: “Vai ser muito difícil desfazer o acordo no que diz respeito ao aumento das tarifas”. O presidente afirma que as negociações entre autarquia e empresa concessionária foram “esticadas” até ao limite do que o município poderia conseguir tendo em conta os termos do contrato de concessão assinado em 2003. Neste particular, a bancada socialista na assembleia municipal poderá conseguir que sejam acrescentadas ao documento outras garantias ou benesses futuras, mas nunca uma redução imediata da tarifa associada ao aumento que vai resultar do acordo.

Mesmo neste contexto Pedro Folgado afirma: “Houve a preocupação de criarmos no acordo mecanismos que acautelavam o aumento da tarifa”. O presidente alerta igualmente para o perigo de um hipotético cenário de não aprovação deste documento que esteve a ser trabalhado desde 2019 com a colaboração do especialista Poças Martins: “Se formos para Tribunal Arbitral teremos de pagar logo à partida 300 mil euros”. O acordo já foi aprovado pela ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos).


“Admito ter havido falta de comunicação entre eleitos do PS na câmara e na AM” (Pedro Folgado em grande entrevista)

Folgado assume ter ficado desconfortável com a falta de sintonia que houve entre os eleitos do PS no executivo camarário e a bancada do partido na Assembleia Municipal. O autarca concedeu uma entrevista exclusiva ao Fundamental Canal e reconheceu que houve uma falha de comunicação neste contexto. Veja aqui a entrevista.

VIAAlexandre Silva
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