Parece ter chegado ao fim o tempo de Rui Corça à frente dos destinos do PSD de Azambuja. Tal como o Fundamental noticiou em primeira mão a 8 de abril último, Margarida Lopes foi candidata nas eleições internas que decorreram ontem, dia 12 de maio. A mulher de António Jorge derrotou Rui Corça sem apelo nem agravo e o apelido “Lopes” está de volta ao controlo do PSD de Azambuja.

As eleições para a Comissão Política e para a Mesa da Assembleia de Secção do PSD local envolveram duas listas: uma liderada por Rui Corça, verador na Câmara de Azambuja e até ontem o presidente desta estrutura que foi a votos, apresentando José Paulo Pereira como candidato a presidente da Mesa da Assembleia; e outra lista liderada por Margarida Lopes, esposa do histórico António Jorge Lopes, antigo vereador e por duas vezes candidato a presidente da autarquia. Margarida apresentou Carlos Valada como candidato a presidente da Mesa da Assembleia.

Já os resultados foram inequívocos em relação à vontade dos 80 militantes que exerceram o seu direito de voto no universo de 100 militantes inscritos. A lista de Margarida Lopes obteve 58 votos, o que corresponde a 72,5 por cento. Já a lista de Rui Corça não foi além dos 21 votos, correspondetes a 26,25 por cento. O mesmo resultado foi verificado no tocante à eleição da Mesa da Assembleia. Houve um voto em branco.

No rescaldo desta eleição, Margarida Lopes afirmou: “Uma vez que o projeto que liderei para os órgãos políticos do PSD Azambuja mereceu o apoio claro e inequívoco dos militantes quero garantir a todos que no concelho de Azambuja o PSD será a alternativa ganhadora, popular e positiva que os eleitores reclamam e merecem para as Eleições Autárquicas de 2025”.

De notar que Margarida Lopes não é a primeira senhora na região a tomar conta dos destinos de uma secção local do PSD. Também em Alenquer o género feminino assumiu o comando, com Cristina Inácio a liderar o projeto social democrata em terras de Damião de Góis pela primeira vez na história do partido. Talvez com as senhoras lá vá, porque enquanto estas secções foram lideradas por homens não passaram da mediocridade no tocante a resultados.

“Juros da habitação vão baixar, mas não vamos regressar ao facilitismo do passado” – Nelson Neves

Esta é a edição de maio do “Portugal Atual”, uma rúbrica mensal de comentário da atualidade regional e nacional assinada por Nelson Neves, colaborador do Fundamental Canal, especialista em recuperação e revitalização de empresas e docente universitário.