
A certeza advém de se tratar de uma lista única a concorrer ao ato eleitoral do final deste mês de março: António José Matos será eleito presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Azambuja, sucedendo desta forma a Manuel Arraião no cargo. As listas foram afixadas nesta terça-feira precisamente por António José Matos, que ainda é presidente da Mesa da Assembleia Geral desta instituição no mandato que agora termina.
Recordamos que Matos é igualmente vereador e vice-presidente da Câmara de Azambuja. O também autarca revela que foi praticamente “obrigado” a concorrer à presidência da direcção dos voluntários, que corriam o risco de cair num vazio diretivo por ausência de candidatos à liderança de tão nobre instituição. As eleições foram convocadas no final de dezembro mas volvidos quase 3 meses não despertaram interesse no tocante à liderança de um projecto que assegurasse o governo dos Voluntários de Azambuja.
António José Matos já fazia parte do corpo diretivo ainda em funções, presidindo à Mesa da Assembleia Geral. Competiu-lhe convocar as eleições que terão lugar a 28 de março, na certeza de que Manuel Arraião não seria recandidato. O atual presidente dos Bombeiros de Azambuja está a braços com problemas de saúde, e o mesmo acontece com o ainda tesoureiro da instituição, elementos que António José Matos elogia pela dedicação e competência com que exerceram esta demanda pelos Voluntários de Azambuja.
Em declarações ao Fundamental, António José Matos refere: “Há um conjunto de instituições que são importantíssimas para o equilíbrio socio-cultural, de socorro, de saúde e de humanidade, mas cujo funcionamento ao nível das direcções está sujeito ao voluntariado, e isso não pode continuar a ser dessa forma, tem de ser repensado”. Matos faz questão de esclarecer que não está a reivindicar qualquer vencimento; antes, o também autarca defende que só o profissionalismo destes cargos pode assegurar o futuro destas instituições.
António José Matos acrescenta: “Estive até à última hora a ver se conseguia arranjar alguém para encabeçar a lista da direcção, mas infelizmente não apareceu ninguém e eu tenho de avançar, sob pena de haver uma crise diretiva nos Bombeiros, algo que não poderia deixar acontecer”. Recordemos igualmente que Matos já é presidente da Assembleia geral dos BVA há 12 anos, tendo acompanhado André Salema e agora Manuel Arraião da presidência da direcção da instituição.
O vice-presidente da Câmara de Azambuja assegura que este cargo que previsivelmente irá ocupar a partir de 28 de março não vai interferir com a sua responsabilidade na autarquia presidida por Silvino Lúcio. “É um cargo que posso desenvolver em horário noturno, e tenho pessoas que me acompanham que são muito competentes e nas quais posso delegar competências e responsabilidades”, assegura Matos.
António José Matos fala ainda da situação financeira dos Bombeiros de Azambuja: “Ao longo destes últimos 12 anos a instituição foi governada por pessoas muito competentes e capazes, que não deram passos maiores que a perna mas que mesmo assim fizeram muito, pelo que a situação financeira dos BVA é boa”. Matos garante que o desafio passa por fazer tão bem como os seus antecessores.
O futuro presidente dos Bombeiros de Azambuja também elogiou o comandante dos voluntários: “Temos a sorte de ter um corpo ativo e em particular um comandante que trabalham muito para os bombeiros; espero que o comandante se mantenha no cargo por muitos e longos anos, porque é uma mais valia significativa para os Bombeiros de Azambuja”.
Relembramos que num passado recente Ricardo Correia assumiu protagonismo aquando da discussão do afamado subsídio camarário destinado à aquisição de um carro de desencarceramento. O comandante chegou mesmo a ser apelidado de “criançola” pelo líder do PSD na autartquia de Azambuja. A este propósito e quando confrontado com o protagonismo que Ricardo Correia assumiu na discussão desse assunto, António José Matos respondeu: “Se lhe estou a dar toda a minha confiança é porque de forma alguma estou contra a posição que ele assumiu; aliás, bem pelo contrário”.