
Azambuja tem sido noticiada nos últimos tempos por razões que não são as melhores para os que aqui vivem, aqui cresceram e aqui consideram ser a sua terra. Nestas incluem-se os números crescentes de infecções pelo vírus SARS Cov 2 a respeito dos quais foram tecidos comentários e tomadas posições despropositadas e bastante injustas em relação ao Presidente da Câmara.
Não preciso aqui de especificar que posições ou atitudes foram essas, uma vez que as mesmas têm sido amplamente divulgadas. Relembro apenas que foi emitido um comunicado pela JS FAUL (Juventude Socialista da Federação da Área Urbana de Lisboa) e na AR (Assembleia da Republica) o Primeiro Ministro, António Costa, também proferiu algumas declarações que, de todo, não o dignificaram como responsável pelo partido onde milita o autarca a quem se referia.

Como azambujense e conhecedor da pessoa que é o Presidente da Câmara não posso ficar indiferente, até porque aliado a estas circunstâncias vem também o facto de ser militante do PS, fazer parte da comissão política deste partido em Azambuja e não me rever de forma nenhuma neste tipo de comportamentos.
Neste sentido transmiti pessoalmente ao Dr. Duarte Cordeiro (Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e Coordenador de execução regional do estado de emergência e Presidente da PS FAUL) a minha incompreensão a respeito das críticas feitas ao Presidente da Câmara Municipal de Azambuja, sob a batuta da JS FAUL.
Já esperava muito nesta altura do campeonato, mas estava longe de imaginar uma acção desta natureza pela própria mão dos jovens socialistas da FAUL e por isso sinto vergonha alheia deste ataque cerrado ao Presidente de Câmara da Azambuja, pelo teor do seu comunicado e por tudo o que gerou à sua volta e que mais não fez do que cavalgar as palavras da moda, como a xenofobia e o racismo… pura hipocrisia! Quem conhece minimamente o Presidente da Câmara da Azambuja sabe bem qual a sua postura sobre estes assuntos! Este comunicado surgiu logo após as declarações do primeiro ministro, conseguindo mesmo contaminar o debate e parte da opinião pública.
É vergonhoso que uma estrutura partidária não tenha tido o cuidado de previamente se informar sobre o que realmente se passava antes de emitir qualquer opinião, acabando esta por ser apenas e só o rastilho para arrastar para uma situação muito difícil um autarca, militante do mesmo partido, e que só pretendia fazer o seu trabalho o melhor que podia e sabia. Para mim e desculpem a expressão, mais parecia um ato de masturbação colectiva por parte de quem quer rapidamente atingir os seus (insaciáveis) objectivos políticos.
Mas na política não pode valer tudo e as pessoas não podem ser apenas um saco de pancada num determinado momento! Como podem ter a ousadia de tecer quaisquer comentários acerca do bairro da Quinta da Mina e dos seus moradores sem que se conheça a sua realidade? Fazer política também é conhecer as realidades no terreno e não julgar com base em preconceitos ou chavões.
Seria importante que, quer Miguel Costa Matos (líder da JS FAUL), quer Catarina Martins (líder do BE), que afinou no mesmo diapasão que tão bem lhe serve e lhe convém, viessem visitar estes locais e percebessem o enquadramento das palavras do Presidente de Câmara da Azambuja. Talvez nessa altura houvesse a hombridade para retirar o comunicado e houvesse lugar a um pedido de desculpas.
É importante referir quem nem o Presidente da República ficou indiferente ao frenesim de declarações, tendo contactado por várias vezes o Presidente de Câmara de Azambuja.
Na minha opinião é preciso que o Presidente de Câmara da Azambuja possa contextualizar o Primeiro Ministro, olhos nos olhos, cara a cara, colocando tudo em pratos limpos e esclarecendo aquilo que foi um julgamento precipitado por parte de muitos! E talvez a pretexto deste assunto esclarecer e relembrar ainda outros.
Azambuja não é só pandemia do COVID-19. É também um território esquecido por sucessivos governos, de que é exemplo flagrante o embuste das promessas de aeroporto na Ota e respectivas restrições e contrapartidas, que nunca viram a luz do dia e que vieram imprimir vários anos de atraso no desenvolvimento de todo um território!
É preciso que os nossos responsáveis não tenham a memória curta e talvez seja esta a altura de reavivar algumas memórias que se andam a perder! Enquanto cidadão e membro da comissão política do PS Azambuja, gostaria de sugerir ao Presidente da Câmara de Azambuja que aproveitasse o encontro com o Primeiro Ministro para o poder fazer!