André Salema: “Organização da Feira de Maio? Certamente eu não faria melhor”

André Salema é mais uma das personalidades a quem perguntámos o que pensa da Feira de Maio, incluindo o seu cartaz de promoção. Aqui fica a breve conversa com o presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Azambuja.

André Salema é presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Azambuja. E é igualmente mais uma das personalidades a quem perguntámos o que pensa da Feira de Maio, incluindo o seu cartaz de promoção. Aqui fica a breve conversa.

FO que acha do cartaz da Feira de Maio no tocante ao seu aspecto gráfico e à sua relação com a importância da Feira?
André Salema – O cartaz da feira deverá ser o espelho daquilo que se espera do certame. Não deve em caso algum colocar em causa aquilo que é a matriz tradicional e cultural da Vila da Azambuja, traduzida na prática em apenas cinco dias ao mais alto nível, e é dever de todos perspectivar a Feira de Maio como um bem inestimável do nosso território, promovendo e melhorando o certame ano após ano.

FMas considera que o aspecto gráfico do cartaz está dentro do contexto do espírito do certame?
André Salema – Numa altura que a informação chega à mesma velocidade a qualquer parte do globo, importa atrair diferentes públicos que se revejam nas matrizes identitárias do nosso Ribatejo. Penso que o aspecto gráfico utilizado é adequado à actual realidade, estando devidamente representados os três principais vértices (Campino, Touro e o Cavalo). Não nos esqueçamos que a Feira de Maio deverá ser um elemento aglutinador das nossas gentes, não excluindo aqueles que acham o contrário.

FQue opinião tem sobre a Feira no que diz respeito à sua organização, dimensão e espírito do evento?
André Salema – Certamente que eu não faria melhor! Considero mesmo que com os recursos disponíveis se faz um trabalho extraordinário, começando pela entrega dos funcionários municipais, aliada à mobilização de todo um povo. Se esta Feira é a mais castiça do Ribatejo, é inteiramente devida às pessoas e não ao elemento promocional do evento.

FAs tertúlias continuam a ser a alma desta festa de Azambuja?
André Salema – Sem dúvida, e é importante manter o espírito tertuliano, de acolhimento, convívio e hospitalidade necessária a um evento desta natureza. É preciso abrir as portas das nossas tertúlias a todos os visitantes, explicar e fomentar este fenómeno. Só assim iremos defender e perpetuar aquilo que o meu e muitos avós nos ensinaram: a magia da Feira de Maio.

FA Feira de Maio terá potencial que poderia ser aproveitado em outras vertentes?
André Salema – No âmbito da dimensão do certame, a Feira de Maio deve ser o motor de toda uma política de contexto cultural e turístico, pois trata-se de um cartão de visita ao investimento no nosso território. Quero com isto dizer que as nossas matrizes identitárias são tão profundas que existe um manancial cultural e tradicional a explorar durante um ano inteiro. Vamos aplicar na prática esta oportunidade criando as infraestruturas e programas de desenvolvimento necessárias à promoção de todo um concelho.

 

VIAAlexandre Silva
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