“Os dirigentes da Câmara de Alenquer continuam a alimentar a fantasia do seu próprio sucesso”. É desta forma que Frederico Rogeiro analisa o Relatório de Contas de 2017 do município alenquerense, acrescentando: “Seja a realidade a que for, o discurso é sempre cheio de sucesso, e como as pessoas não podem ver tudo, muitas vezes avaliam as coisas pelo que ouvem e leem, e de tanto ouvirem falar em sucesso vão ficando convencidas”.
Recorde-se que Rogeiro foi candidato à presidência da Câmara de Alenquer nas últimas autárquicas, sendo actualmente o líder da bancada da oposição. Rogeiro refere-se desta forma ao relatório que integra a prestação de contas de 2017: “Em vez de uma avaliação objectiva dos números, encontramos apenas adjectivos e conclusões grandiosas, sem fundamentação alguma e com um corolário final: os resultados obtidos traduzem o êxito alcançado na concretização das políticas municipais”.
Ainda assim, Frederico Rogeiro reconhece existirem aspectos positivos na acção da maioria que governa a autarquia. “Reconhecemos, por exemplo, que na área social, na cultura e no empreendedorismo a câmara tem tido um desempenho positivo”. Contudo, o líder da oposição acrescenta: “Há que dizer que no ambiente, no ordenamento do território e na reabilitação urbana a acção da câmara fica muito aquém do desejável”.
Frederico Rogeiro reforça ainda aquilo a que chama de tendência para a propaganda de um sucesso virtual: “O que agora fica mais saliente é a necessidade de propagandear um sucesso que não existe. Os dados publicados pelo Conselho de Finanças Públicas, no seu relatório sobre a execução orçamental da administração local, deixam exposta a distância que separa as palavras e os números que integram esta prestação de contas da Câmara de Alenquer”.
