

António Jorge Lopes assegura que desta vez não vai mesmo ser candidato à presidência da Câmara de Azambuja. O vereador e candidato em 2013 recusa nova corrida eleitoral na qualidade de cabeça de lista do PSD. “Ao longo destes três anos tenho dito e redito sempre o mesmo sobre este assunto, seja nos vários órgãos do PSD, seja nas reuniões com o CDS/Azambuja, seja na Câmara, seja com quem fôr e em que circunstância fôr; disse sempre o mesmo: não quero ser e não vou ser candidato à presidência da Câmara de Azambuja nas eleições de 2017”, assegura Lopes, referindo que esta foi uma promessa feita à esposa Margarida e respectivas filhas e filho. “Pessoalmente, não quebro a promessa que fiz à Margarida, à Constança, à Mafalda e ao Henrique na semana seguinte das últimas eleições autárquicas. Prometi, vou cumprir”. Lopes acrescenta: “Participo na vida política há 35 anos – comecei na escola secundária, continuei na Academia de Lisboa, fiz percurso pela JSD (da estrutura local à nacional) e o mesmo sucedeu no PSD, integrei vários gabinetes governamentais, no final deste mandato autárquico faço 12 anos de vereador, candidatei-me duas vezes à presidência da Câmara (2009 e 2013), e fiz sei lá o que mais!”, sustentando desta forma a ideia de ter acumulado algum cansaço ao longo dos anos em relação à vida política. Lopes acrescenta, em tom de bicada a terceiros: “Nunca dei cambalhotas, não andei aos ziguezagues, não troquei de camisola e não dou o dito por não dito. A decisão pessoal e política sobre as eleições autárquicas foi tomada na semana seguinte às eleições de 29 de Setembro de 2013. E não mudei a minha decisão”. António Jorge Lopes considera que há quem tenha melhores condições para abraçar o desafio de ser candidato pelo PSD a Azambuja e dessa forma protagonizar uma candidatura vencedora, “que seja uma verdadeira alternativa ao actual estado de coisas no concelho de Azambuja”, nas palavras do ainda líder da oposição na Câmara. Curiosa não deixa de ser esta frase de Lopes: “Nestes 35 anos, continuei a ser sempre o mesmo: nunca transformei a política no meu modo de vida e no meu sustento”. Talvez mesmo por não ter conseguido chegar a tal patamar de forma continuada por opção dos altos dirigentes do PSD nacional, acrescentamos…